As desapropriações do ramal Conselheiro Nébias-Valongo do VLT




As imagens acima fazem parte dos desenhos do Projeto Básico SIM, trecho Conselheiro Nébias-Valongo, do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em Santos.
Os desenhos foram elaborados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), conforme já comentei no post "As desapropriações do VLT", de 6/9.
A primeira imagem é parte do trecho da Avenida Conselheiro Nébias, nas proximidades do campus Dom Idílio, da Unisantos, na Vila Mathias. Nela pode se observar, destacado em azul, um imóvel a ser desapropriado, cuja foto apresento abaixo. Trata-se de terreno sem numeração visível, situado imediatamente antes do número 347 do referido logradouro. Desconheço a razão desta desapropriação.
A segunda imagem, apresenta o trecho em que o VLT, subindo a Avenida Conselheiro Nébias, faria a conversão à esquerda, na Rua General Câmara e na volta, entraria naquela avenida, convergindo à direita, na esquina com a Rua Amador Bueno.
Neste trecho seriam desapropriados três imóveis, cujas fotos coloco abaixo, correspondendo o número 1 às duas primeiras fotos, referentes ao imóvel de número 324 da Rua General Câmara e possivelmente imóveis vizinhos, ainda que apenas parcialmente, como o ginásio do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos, situado no número 310 desta via.
O número 2 corresponde à terceira foto, referente a imóvel de uma transportadora, situado na Avenida João Pessoa, na esquina com a Avenida Conselheiro Nébias.
O número 3, cujas fotos são as duas últimas desta sequência, refere-se a imóvel situado na esquina da mesma avenida com a Rua Amador Bueno e o imóvel vizinho, onde funciona a empresa Extecil, do ramo de salvatagem.
Os imóveis de números 1 e 3 seriam desapropriados para que o VLT faça a curva, em função do seu comprimento.



Em seguida apresento fotos dos imóveis que seriam desapropriados, na região do Valongo, conforme a terceira imagem do projeto. As duas primeiras fotos, correspondentes ao número 1, são dos cerca de 14 imóveis situados na testada de quadra da Rua Marquês do Herval, desde a esquina com a Rua São Bento, até a Rua Caiubi. A primeira foto mostra o imóvel da primeira esquina, de número 14 da Rua São Bento, e o vizinho à esquerda, que também seria desapropriado.
O imóvel de número 2, deste trecho, é um terreno sem construção, que fica na esquina oposta da Rua Marquês do Herval, ao lado do pátio fronteiriço da Igreja do Valongo.
Estes imóveis seriam desapropriados, para permitir a construção da estação junto à sede da Petrobras, e também para que o VLT faça a curva, em função do seu comprimento. Portanto, é preciso ficar claro se as vibrações do VLT não trarão prejuízos ao santuário e demais edifícios protegidos do entorno.
O último imóvel desta sequência é um estacionamento na Rua Visconde do Embaré, em frente à Rodoviária e ao Terminal Municipal de Ônibus. O imóvel não tem numeração visível, mas possivelmente é o 34 da via. Desconheço a razão desta desapropriação.


No próximo post sobre o assunto, vou mencionar mais um caso, deste trecho do VLT, que inspira cuidados, com relação a vibrações e patrimônio arquitetônico.
Por ora é só, mas fico impressionado com a falta de discussão franca e democrática na cidade sobre este trajeto, afinal ele envolve impactos urbanos relevantes e mexe com a vida de muita gente.
Isto sem contar a já mencionada (ver post de 6/9) questão dos recursos potencialmente desperdiçados, devido à possível mudança da linha do bonde na Rua do Comércio e na Praça José Bonifácio, além da implantação dos trilhos do VLT na recém urbanizada Rua Amador Bueno.

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Históricos seriam se estivessem recuperados e sendo de utilidade publica, da forma que estão, são apenas cortiços degradando ainda mais o centro

      Excluir
  2. Discutir VLT é ocioso, por estúpido o projeto e pela impossibilidade política, econômica e financeira. Há outros e melhores meios de solucionar a problemática da mobilização de massa na Baixada, o problema é a boa-vontade e a incapacidade de buscá-los fora do quadrado.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Remoções na Entrada da Cidade: o que houve com o Conjunto Habitacional da Prainha do Ilhéu?

Como as avenidas morrem

APA Santos Continente: reavivando a memória